sábado, 30 de junho de 2012

30/06/2012

De manhã, mal saímos do hotel, uma viatura da polícia estadual mandou parar o carro, alegando que o Tadeu tinha passado um sinal indevidamente. Pediram os documentos do carro e a carteira de motorista do Tadeu e disseram que iam ficar com os documentos até pagarmos a multa de 3.000,00 pesos. Alegamos que não podíamos ficar sem documento, que o sinal estava aberto e que simplesmente seguimos o carro que estava na frente. Um dos policiais disse que poderia cobrar a metade da multa e nos deixar passar. Percebendo que ele queria propina, eu disse que não existe metade de multa, ou a gente paga a multa inteira no banco ou não paga. Descaradamente ele disse que eu não estava entendendo porque não me convinha entender. Então, eu disse que ele é que estava querendo conveniência para o lado dele. Depois de muito bate-boca, ele disse que iria aplicar a multa e pronto. Anotei o nome dele e disse que íamos telefonar para a Embaixada. Tadeu disse que simplesmente iria colocar o carro na garagem do hotel e esperar até segunda-feira para resolver o impasse. Finalmente um deles nos devolveu os documentos e nos deixaram em paz.
Continuamos nosso passeio, depois deixamos o carro no hotel e pegamos um ônibus até o porto de onde sai o iate Bonanza, com capacidade para 500 pessoas, que percorre a baía de Acapulco durante duas horas e meia, com música e direito a todo tipo de bebida.  Tadeu experimentou todas e saiu do barco “médio borracho”.  Conhecer Acapulco de barco é maravilhoso. Passamos pela “montanha dos famosos” onde estão as mansões dos ricaços como Bill Gates, artistas do cinema como John Wayne, Sylvester Stallone... e cantores como Elvis Presley, Michael Jakson, Julio Iglesisas, Ricky Martin...

O barco percorre as praias e vai até “La Quebrada”, um costão de 60m de onde jovens mergulhadores se lançam ao mar realizando saltos espetaculares. São chamados de clavadistas e é uma das atrações mais interessantes de Acapulco. Assim que saímos do barco, pegamos um táxi rapidamente para admirar esse espetáculo que acontece às 7h30, 8h30, 9h30 e 10h30 da noite. Acapulco pulsa de dia, com suas praias belíssimas, barcos, veleiros e todo tipo de diversão possível, e de noite, com muita música, danceterias, bares, gente passeando na rua, enfim,  um lugar inesquecível.


29/06/2012
Seguimos para Santiago Pinotepa Nacional às 7h20 da manhã. Choveu a noite toda. A estrada continua sem acostamento; em alguns trechos é barranco de um lado e precipício do outro, além de desmoronamentos devido à chuva. Subimos a 2.500 metros e ficou mais frio ainda. Não havia lugar para comer, e o hotel não oferecia café. Tivemos que tomar coca-cola e comer as bolachas que tínhamos dentro do carro até encontrar um local para lanchar, às 12h30. Levamos cinco horas e quinze minutos para percorrer 210km.

Na bifurcação para pegar a rodovia para Acapulco, uma barreira de soldados nos mandou parar a fim de fazer revista no carro.  A rodovia MR200 é melhor, com menos curvas, mas sem acostamento.  No decorrer da estrada, havia soldados em pontos estratégicos e caminhões carregados de soldados passando por nós.
Às 4h30 entramos na avenida que leva a Acapulco, uma das cidades mais visitadas do México, sedutora, com infraestrutura para acolher os milhares de turistas que a visitam diariamente. Ficamos na Costa Azul.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

28/06/2012

Na saída de Tuxtepec, 8h30 da manhã, entramos na rodovia 175, sinuosa, sem acostamento. Começamos a subir devagar, segunda e terceira marcha, e chegamos à altitude de 2019m. Essa estrada é pouco movimentada e se percorre quilômetros sem encontrar nenhuma casa ou restaurante; posto de gasolina? nem pensar; só montanhas, pinheiros, árvores e samambaias gigantes grudadas nos barrancos.
Às 12h30 almoçamos num restaurante, na beirada da estrada, de onde se via um vale com montanhas ao fundo. Choveu um pouco e estava frio. Uma hora depois, quando estávamos em Oaxaca, já estava calor novamente. Seguimos para Santiago Pinotepa Nacional por outra estrada sinuosa com desmoronamentos na pista.  Paramos em Santa Maria Asunción Tlaxiaco, por volta das 6h da tarde (aqui anoitece às 8h), para garantir de não pegar a noite na estrada. Ainda teríamos que andar mais 230 quilômetros até a próxima cidade, e nos outros lugarejos não sabíamos se iríamos encontrar hotel.
27/06/2012

Às 7h30 da manhã já estávamos saindo de Campeche pela estrada litorânea, no lado do Golfo do México. A costa sudoeste é calma (a água), com vegetação rasteira, coqueiros e arbustos. Passamos por Champoton, vila de pescadores, de águas tranquilas, cuja entrada estava guardada por um pelotão do Exército, com barricadas e tudo, e mais um grupo de policiais estaduais. Passamos sem ser molestados. Cruzamos por vários caminhões do Exército com soldados sentados na carroceria, com armas, granadas, cantis, etc. Não tivemos coragem ainda de bater uma foto, pois eles podem tomar a câmera.
Por volta das 10h30, na entrada da Ciudad del Carmen, mais uma barreira de policiais. Passamos. Pagamos 58,00 pesos para entrar na ponte, e 67,00 para sair na outra ponte que liga as entradas da laguna de Terminos. O tempo fechou e começou a chover.

Na cidade de Frontera, soldados mandaram a gente parar, pediram para sairmos do carro e começaram a revistar a bagagem para ver se estávamos portando armas. Pediram passaporte, fizeram várias perguntas e nos liberaram. Passamos por mais dois pedágios: 58,00 e 89,00 pesos.
No km 114, depois de Villa Hermosa, soldados nos mandaram parar novamente e revistaram o carro pela segunda vez. Havia mais uma barreira de soldados 6km depois, e 500m a frente outro grupo de soldados que nos mandou parar a fim de revistar o carro e ver os documentos.  Dessa vez foi o Tadeu que “rodou a baiana”, disse que não éramos bandidos, mas apenas turistas a fim de conhecer o país deles e que não entendia por que motivo estavam nos revistando pela terceira vez. Disseram que estavam numa operação de desarmamento e que aquela era uma zona perigosa. Ainda pagamos mais três pedágios de 15,00, 20,00 e 150,00 pesos antes de chegarmos a Tuxtepec .

Na bifurcação para a cidade de Tuxtepec, mais policiais com barricadas nas margens da estrada.  Entramos no centro a procura de hotel para passar a noite.  O centro da cidade é feio e aglomerado, e os hotéis estavam lotados.  Entramos na avenida beira-rio, do outro lado da cidade, e conseguimos um hotel 4 estrelas, com piscina, elevador panorâmico, cama king size, por apenas U$55,00

quarta-feira, 27 de junho de 2012

26/06/2012

De manhã cedo nem parecia que houve uma tempestade no dia anterior. Saímos às 7h10 do hotel em direção a Acapulco (2.037km de distância). Rodamos 26km e, então, percebemos que as placas anunciavam que só havia posto de gasolina 150km depois. Com apenas ¼ de diesel, tivemos que voltar para abastecer o carro. A rodovia é ótima e bem sinalizada (retorno a cada 30km).

No km 90 pagamos um pedágio de 241 pesos (U$24,00). Passamos a cancela e os policiais mandaram parar o carro.  Pediram documentos e nos liberaram. No km 114 vimos no acostamento um cara estranho, de bicicleta, com uma espingarda cruzada nas costas e dois cachorros seguros pelas coleiras. Não era o Pancho Villa, com certeza.
Entramos em Chichen-Itza, cidade onde está o majestoso sítio arqueológico maia em cuja entrada se encontra o enigmático Castillo de Kukulcan, uma pirâmide de 30m de altura na qual se mescla a influência maia e asteca.  Perdemos (ou ganhamos) 2 horas visitando essas construções fantásticas que ainda perduram e confirmam a existência de um povo que teve seu tempo de glória e riquezas advindas do comércio que mantinham com outros povos. Pagamos 140 pesos para entrar e sair da cidade.

Seguimos para o nosso destino passando por Mérida. No percurso, o Exército está presente a cada 30km mais ou menos. Paramos em Campeche, pois se continuássemos pegaríamos a noite na estrada. É uma cidade charmosa, que guarda seu passado nas construções da época em que era necessário murar a cidade para proteger-se dos ataques dos piratas. É tão encantadora quanto as outras cidades antigas que visitamos nos outros países. À noite é oferecido, todos os dias, um show de águas dançantes na praça.  Uma das músicas era brasileira. Ficamos num hotel do sec. XIX, no coração da cidade antiga, e por um preço bem acessível.

terça-feira, 26 de junho de 2012


25/06/2012
Depois do café e de recarregar nosso cartão, atravessamos a avenida para chegar à praia, pois nosso hotel não tem acesso direto (por isso é mais barato). Os hotéis 5 estrelas ocupam toda a orla, mas há entradas para as pessoas passarem para a praia. Há praias públicas com cabanas e duchas públicas e são tão lindas quanto as que ficam no point turístico. Andamos pela praia e entramos na água deliciosa do Caribe.

Almoçamos e depois percorremos toda a cidade de carro.  Fomos ao mercado de artesanato, compramos mapa do México, olhamos muita coisa bonita. Por volta das 4h da tarde começou a se formar uma tempestade. Voltamos para o hotel, mas antes de chegarmos, a tempestade desabou com vento, chuva forte e relâmpagos riscando o céu com fúria e estrondo. Nunca pensei que veria uma cidade desse porte alagar em tão pouco tempo.  Em menos de 15 minutos estávamos na avenida com água até quase na porta do carro. Já no hotel, esperamos um bom tempo até a tormenta passar e podermos ligar o computador.
Depois que a tempestade acalmou, saímos novamente para jantar e ver a cidade à noite, com muito barzinho interessante, ótimos restaurantes, discoteca, música,  enfim, night principalmente para os jovens se divertirem.

24/06/2012

Deixamos Corozal Town às 7h15 e seguimos para Santa Elena, fronteira do México e Belize, 15 minutos de percurso. Tivemos sorte de pegar uma fronteira tranquila, apesar de haver 12 soldados armados de carabina, do Exército mexicano, vigiando a fronteira. Tivemos que deixar um depósito de U$400,00 na aduana, além do visto de entrada de U$49,00 por pessoa e U$29,00 do carro. Disseram que quando sairmos do país, eles nos devolvem os U$400,00.
Seguimos para Cancún, 370km à frente, atravessando Limones, Felipe Carrillo Puerto e Tulum. Esta última cidade, os espanhóis a encontraram habitada pelos maias e levaram mais de 50 anos para conquistá-la. É um dos sítios arqueológicos mais importantes do México.

A rodovia que leva a Cancún é ótima. A entrada da cidade é uma avenida espaçosa com canteiro de palmeiras e há hotéis extraordinários ao longo da praia de águas transparentes e areia branca, fina como talco. A cidade fica entre a laguna Nichupté e o Mar do Caribe, e a natureza foi muito generosa com essa região que cativa qualquer pessoa que a visita.
Depois de nos acomodar no hotel, fizemos um lanche no bar em frente ao barco “Black Pearl” (do filme Piratas do Caribe), que oferece show e um jantar enquanto passeia com os turistas pelo mar, das 7h às 11h da noite. Achamos melhor não ir (muito caro).

sábado, 23 de junho de 2012


23/06/2012
Ficamos sabendo que de Corozal Town sai um barco e um avião que chegam à ilha de San Pedro. Decidimos ir de barco, porque achamos que seria mais emocionante. Deixamos o carro no hotel e caminhamos até o porto para pegar o barco às 7h da manhã.

Era um barco pequeno com capacidade para 30 pessoas nos bancos laterais, mais sacolas, sacos, mochilas, malas, caixas, fardo de papel higiênico, banana, gato, cachorro e papagaio. Mal tínhamos espaço para apoiar os pés no fundo do barco. O percurso é de uma hora e cinquenta minutos. Deu vontade de desistir, mas era a nossa chance de conhecer a ilha de San Pedro.
Desembarcamos na ilha às 8h45, onde está o mangue.  Atravessamos 4 quadras a pé e já estávamos do outro lado da ilha: areia branca, água transparente esverdeada, veleiros, hotéis excelentes e muitos turistas. Tomamos um café delicioso numa cafeteria cubana perto da praça e depois ficamos curtindo a ilha até às 3h da tarde, horário de retorno do barco, com previsão de chegada a Corozal às 4h50min.

Quando estávamos no meio do Mar do Caribe, sem sinal de celular, o motor do barco deu pane. Ficamos 40 minutos à deriva, sob um sol escaldante que só era amenizado com a brisa do mar e a contemplação da água transparente esverdeada, que permitia vermos o fundo do mar e a passagem de um ou outro peixe nadando totalmente alheio ao nosso problema. Olhando o pessoal dentro do barco com toda aquela tranqueira de bagagens, me senti uma refugiada se aventurando no Mar do Caribe em busca da “terra prometida do tio Sam”.
Conseguiram fazer o motor pegar, mas falhando o tempo todo e a passo de tartaruga. Às 5h começou a se formar uma tempestade a oeste, e temíamos que ela nos pegasse no meio do mar. Escapamos da tempestade, mas o barqueiro nos jogou num banco de areia, e o casco do barco arrastou no fundo e balançou. Quando foi possível se comunicar, chamaram um barco para nos resgatar. 

Às 6h30 chegou um barco menor, e tivemos que nos amontoar mais ainda. Nem observamos se havia coletes salva-vidas para todos, pois já estava anoitecendo e queríamos chegar o mais rápido possível a Corozal.  A lua apareceu no céu e a noite caiu na imensidão do mar. Por volta das 7h15 avistamos brilho de luzes no horizonte e outra tempestade se formando ao fundo da cidade.  Desembarcamos no porto por volta das 8h da noite, cansados, sedentos e esfomeados.
Queríamos emoção, mas não tanta assim!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

22/06/2012                                                                                                                             

Planejamos um passeio de barco até San Pedro, uma das famosas ilhas de areia branca e águas cristalinas azuis, mas amanheceu chovendo, então, seguimos viagem em direção norte. Nessa rota ficam as cidades maiores: Orange Walk e Corozal Town.  
Belize é um país pequeno, com 312.000 habitantes, cujo território é composto da parte continental e de mais 200 ilhas. O inglês é o idioma oficial, mas também se fala espanhol e crioulo, além de três línguas maias, alemão e mandarim. Possui várias reservas naturais, cavernas, selva tropical e barreiras de corais que encantam os turistas amantes da natureza. Os primeiros habitantes foram os maias, cuja população os estudiosos estimam que seria em torno de um milhão, portanto há uma variedade de sítios arqueológicos no país.

Decidimos parar em Corozal Towm (onde existe o sítio arqueológico maia Santa Rita), no litoral norte, porque passar a fronteira do México é muito demorado, e poderíamos pegar a noite na estrada.  
21/06/2012

Amanheceu chovendo. Arrumamos nossa bagagem e rumamos para a fronteira, à cidade de Melchor de Mencos. Tikal, o magnífico sítio arqueológico maia (que eu visitei no ano passado), fica uns 50km distante de Isla Flores, mas decidimos seguir para Belize porque não queremos atrasar mais nossa viagem. Temos que chegar ao Alaska, no verão.

Pegar o visto de saída da Guatemala foi fácil, mas o de entrada em Belize levou mais de 3 horas. Até fotografia exigiram para conceder o visto de entrada, além de uma taxa de U$100,00 para nós e U$15,00 para o carro.
Entramos em Belmopan, capital do país desde 1970, depois que o furacão Hartie (1961) arrasou a cidade de Belize. Belmopan é uma cidade jovem, espaçosa, com pequenos prédios, a qual está crescendo e assumindo o papel de capital.

A entrada de Belice city é um cemitério que ocupa as duas margens da avenida e acaba um pouco antes de entrar no centro.  Seguindo a placa de sinalização indicando o centro, acabamos ingressando na parte feia da cidade: casebres de madeira, prédios de madeira e alvenaria meio destruídos, desvios devido aos trabalhos de manutenção e conserto das ruas, enfim, uma confusão de gente, trabalhadores e obras. Dá medo de ver. Belize capital foi abandonada depois da catástrofe e agora está sendo reconstruída aos poucos. A parte mais bonita da cidade é a que tem hotéis e prédios construídos recentemente. Tivemos que ficar num hotel muito caro porque os mais baratos não são convidativos, ainda mais numa cidade insegura como essa. Embora seja  proibido porte de armas aos cidadãos (no restante da América Central não era) não dá para se arriscar.
20/06/2012

Saímos da cidade de Guatemala (dois milhões de habitantes) às 7h50, com um mapa que compramos numa livraria, no Okland Mall. Não foi difícil encontrar a Carretera Atlantica em direção nordeste, para Belize.  Nos postos de combustível observamos que sempre há guardas armados com carabinas calibre 12.  Na rodovia também há policiais e soldados armados no acostamento.
Por volta do meio-dia atravessamos o lago de Izabal e seguimos em direção noroeste.  Estávamos perto de Belize, mas não há estrada para passar a fronteira nessa região. A 60km de Tikal passamos por uma barreira de soldados armados, com todo o equipamentos de guerra, postados nos dois lados do acostamento. Parecia que estavam numa guerrilha. Não mandaram parar o carro.

Quando cruzamos por Santa Elena era mais ou menos 4h da tarde. Paramos na Isla de Flores, uma cidadezinha encantadora da Guatemala, tranquila, cheia de turistas, e resolvemos nos hospedar nesse lugar bonito e alegre. Tivemos sorte de pegar um apartamento de frente para o lago. O pôr-do-sol é maravilhoso.

quarta-feira, 20 de junho de 2012


19/06/2012

Passamos o dia no hostal, na cidade de Guatemala, para descansar e arrumar nossa bagagem para partir no dia seguinte para Belize.  Telefonamos para a amiga da Ju, Maria Elisa, cubana que mora na Guatemala desde criança, e combinamos sair à noite para jantar.

Maria Elisa e Corina nos levaram ao mesmo restaurante mexicano onde nos encontramos no ano passado (eu, Juliana e Eliana), quando a Ju foi buscar a Krasivy, uma husky siberiana que a Ju ganhou de presente de Maria Elisa.

Recordamos nosso primeiro encontro com enorme satisfação. Conversamos muito sobre a terra natal de Maria Elisa, colocamos as notícias em dia, tomamos cerveja (Tadeu ficou um pouco “borracho”) e finalmente elas nos levaram até o hotel. Despedimo-nos de nossas queridas amigas com a promessa de que irão nos visitar no Brasil.

terça-feira, 19 de junho de 2012

18/06/2012

Acordamos cedo. Fomos os primeiros a entrar no restaurante para tomar café. Ficamos esperando nossos amigos Luiz e Ivone, com quem combinamos ir ao Mercado de Artesania no centro de Havana. Procuramos charutos para comprar, mas são caríssimos.
Depois eles nos levaram a sua casa e nos convidaram para almoçar com a família. Comemos um feijão delicioso preparado pela mãe de Ivone. Desde que saímos do Brasil, ainda não havíamos encontrado uma comida assim saborosa. E o café cubano, depois do almoço, incomparável!

Para fechar nossa estada em Cuba, eles nos levaram até o aeroporto e nos despedimos.  Esperamos que nossos queridos e mais recentes amigos possam ir ao Brasil para retribuirmos tanta amabilidade.

Aterrissamos no Panamá às 17h30, e uma hora depois estávamos voando de novo para Guatemala. Júlio estava nos esperando para nos levar ao hotel, com um sorriso simpático e acolhedor.

17/06/2012
Nosso último dia em Varadero.  Esse paraíso capital que não sabíamos que existia em Cuba. Os hotéis são do Governo cubano agora, mas pertenceram a empresários antes da Revolução de 1959.

Os turistas, os mais abastados e privilegiados que trabalham para o Governo se hospedam nesses hotéis. Há cubanos que conseguem pelo menos entrar nos hotéis agora.  Ficamos no hotel até as 4h da tarde. Pagamos um ônibus para nos levar a Havana Leste onde estávamos hospedados nos dois primeiros dias. Ainda aproveitamos a praia desse hotel no final da tarde. Porém não se compara com a de Varadero.
 


16/06/2012
Inconformada com o descaso da minha reclamação, falei para a Relações Públicas o que aconteceu. Imediatamente nos trocaram para um quarto melhor, de frente para a piscina, e com TV. Funcionou!
A câmara fotográfica emperrou. Logo em Varadero. Batemos fotos com a filmadora, mas a qualidade não é a mesma. De manhã percorremos Varadero num Bus Tour. É outro mundo: hotéis elegantes, campo de golf, restaurantes, marinas com lanchas e veleiros ancorados, muitos estrangeiros.
Do restaurante onde fazíamos as refeições, tínhamos uma vista esplêndida para o mar. Curtimos o restante do dia na praia de areias brancas, coqueiros, muito sol e água deliciosa.

15/06/2012
Luiz e Ivone nos pegaram no hotel de Havana Leste às 9h e nos levaram a Varadero (120km de distância), um balneário com uma cadeia de hotéis para turistas, incluídas todas as refeições e bebidas, especialmente para turistas.  Antes de 2010 era proibida a entrada de cubanos.
Almoçamos com nossos amigos e batemos papo até 2h da tarde. Hospedamo-nos no hotel Kawama, nome de uma espécie de tartaruga que desova nessa praia em determinada época do ano e que está ameaçada de extinção. O hotel está localizado na península e tem frente e fundos para o mar, além de piscinas. A água do mar é a mais transparente que já vimos até agora. Nem na nossa ilha do Campeche vimos água assim.
À noite constatamos que a TV do nosso quarto não estava funcionando. Fui reclamar na recepção, mas a moça disse que não podia fazer nada, porque o último furacão danificou os cabos nessa ala do hotel e não conseguiram mais consertar. Esqueci que estava em Cuba e “rodei a baiana”. Disse que estávamos pagando o mesmo que os outros hóspedes pagaram e que, portanto, tínhamos os mesmos direitos. Quis falar com o gerente, mas disseram que não estava. E não se discute mais.

 14/06/2012
Nossa primeira visita em Havana foi à Praça da Revolução. Há um monumento em memória aos mártires e dois painéis enormes com o rosto de Che Guevara e Camilo Cienfuegos Gorriarán.

Pegamos uma moto-táxi e fizemos um passeio de uma hora e meia pela ciudad Vieja. No Parque John Lennon tem uma estátua dele sentado num banco. Quando chegamos perto para tirar uma foto, um velhinho se aproximou e tirou os óculos de John Lennon. Só os colocaria de novo se pagássemos a ele para tirar foto.
Passamos pelos principais lugares da cidade: Avenida dos Presidentes, Tribuna Anti-imperialista, Hotel Nacional de Cuba, Paseo del Prado, construído em 1772, sob o governo colonial do Marquês de la Torre, capitão-geral da ilha de Cuba, que era então uma das colônias espanholas mais florescentes da América. O seu primeiro nome foi Alameda de Extramuros ou de Isabel II, por se encontrar fora das grandes muralhas que cercavam a cidade de Havana. Na avenida se encontram oito estátuas com figuras de leões feitas em bronze, que parecem guardar o passeio”.(Wikipédia)

Entramos no Bar y Restaurante Floridita, onde Ernest Miller Hemingway costumava ir, e que ainda guarda o estilo de 1940. Estava lotado de turistas. Almoçamos num restaurante não menos antigo e charmoso, muito caro, com música caribenha ao vivo, mas a comida muito abaixo do que esperávamos.
Na Praça Havana, há uma estátua da indígena de mesmo nome, que, segundo nos contou um cubano, foi expulsa de suas terras e assassinada pelos espanhóis. Às vezes tínhamos a impressão de que estávamos dentro de um filme da década de 1950: carros antigos, alguns “inteiraços”,  outros andando sofrivelmente, falhando, caindo aos pedaços. No centro da cidade há prédios suntuosos misturados a prédios velhos, sem pintura, roupas penduradas na janela para secar.
Por volta das 5h pegamos outra moto-táxi que nos levou até a Marina Hemingway, de onde surgiu, da experiência de Ernest Hemingway como pescador em Cuba, o livro O Velho e o Mar (1952), que rendeu ao escritor o Prêmio Pulitzer.  É um condomínio residencial luxuoso, com mansões e seus barcos, veleiros e lanchas ancorados no canal, na frente de casa. Há guardas, e só batemos fotos onde era permitido.

Voltamos para o centro e lanchamos no Café de Louvre, que funciona no andar térreo do Hotel Inglaterra. Antes do anoitecer nos dirigimos à Fortaleza San Carlos de la Cabaña, onde todas as noites é realizada a cerimônia do Canhonaço , ou seja, um tiro que é ouvido em toda a cidade. Isso é uma tradição referente à época em que Havana era cercada de muralhas. Era dado um tiro de canhão às 8h da noite, e as portas eram fechadas. Ninguém saía ou entrava depois desse horário.

 13/06/2012
Já estávamos de pé às 5h da manhã. Encontramos Júlio na estrada, para deixarmos o carro na casa dele. Depois ele nos levou até o aeroporto.  Na entrada da migração, no aeroporto, retiraram tudo que o Tadeu tinha na mochila, até o repelente queriam tirar.  Tive que insistir, dizendo que somos alérgicos, para deixarem passar.
Nosso voo saiu às 10h de Guatemala com escala no Panamá. Daí partimos às 15h50 para Havana/Cuba, chegada às 19h. No aeroporto, eu passei, mas o Tadeu foi retido para revista da bagagem com direito a cachorro farejador e tudo. Fiquei do lado de fora esperando.   Luiz, guatemalteco casado com Ivone (cubana), amigo de Júlio, estava com um cartaz na mão com o nome do Tadeu, pois não nos conhecíamos nem por foto.  Júlio tentou passar uma foto nossa pela internet, mas o arquivo era muito pesado para chegar lá.
Quando coloquei os pés em Cuba nunca pensei que seria roubada. Fui trocar U$500,00 por CUC (moeda que circula em Cuba em substituição ao dólar, usada pelos turistas), o que daria, pagando os impostos, 475CUCs; e na correria não conferi. Imagina! Estou em Cuba, lugar mais “seguro do mundo”. Quando cheguei ao hotel só tinha 445CUCs. Fiquei atônita e indignada.
Na saída do aeroporto, no carro de Luiz, fomos detidos pela polícia. Queriam saber quem nós éramos e por que estávamos com Luiz. Falamos que somos brasileiros e que Luiz é um amigo que está morando em Cuba. Depois de conferirem os documentos dele, passamos.  Paramos na casa de Luiz para conhecer sua família e depois ele nos levou ao hotel.

 12/06/2012
Acordamos muito cedo para irmos ao lago Atitlán (eu já havia conhecido no ano passado), cercado de montanhas e dos vulcões San Pedro, Tolimán e Atitlán. Da rodovia avistamos os vulcões Água, Pacaya e Fuego.
O vulcão Água arrasou a cidade Vieja (próxima de Gautemala) quando entrou em erupção, inundando e soterrando a cidade. Na cratera do vulcão tem um lago. Vieja foi a segunda capital do país, Antigua foi a terceira.
O Fuego entrou em atividade no dia 10 de junho (domingo) soltando lavas e cinzas a 2km de altura. As cidades próximas estão em alerta, incluindo Antigua.
Passamos por Iximché, primeira capital da Guatemala. Paramos no café Rincón Suizo para comer. É um restaurante de madeira rústica, bonito, parecido com as construções da Colônia Suíça de San Carlos de Bariloche, Argentina.
Avistamos Patzicia, que também foi destruída em 1976 por um terremoto. Julio participou da operação de resgate. Mais adiante está a cidade de Sumpango, cujo povo (indígena) solta barreletes (pandorgas enormes, redondas) no dia de finados para enviar mensagens aos deuses.
Almoçamos na beira do lago  e encontramos cinco brasileiros que estavam voltando do Alaska de moto. Conversando, descobrimos que um deles é amigo do Luiz (irmão do Tadeu).

segunda-feira, 11 de junho de 2012

11/06/2012
Ontem, conversamos com Julio sobre o nosso interesse em ir a Cuba (ele já foi), e ele se ofereceu para pesquisar pra nós o preço das passagens e visto para entrada em Cuba. Hoje de manhã recebemos surpresos seu telefonema dizendo que achou uma promoção de passagem por U$365,00. Imediatamente confirmamos que iríamos a esse preço. Então, ele agilizou uma entrevista conosco na Embaixada de Cuba, situada na cidade de Guatemala, nos levou até lá, e conseguimos o visto.  Em seguida ele nos levou até a agência de turismo, compramos as passagens e reservamos hotel em Havana.  Partiremos na próxima quarta-feira.
Depois do almoço fomos conhecer sua família. Ele, a esposa e os filhos trabalham com materiais elétricos na empresa familiar. Ele nos levou também ao seu outro trabalho de exportação de equipamentos, e mais tarde fomos a um shopping muito bonito e nos encontramos com seus dois filhos, a nora e a netinha Vanessa, lindinha, que é o xodó do vovô, claro.
Antes de voltarmos para o hotel tomamos um café com pastel (bolo) de banana e nozes. Estava uma delícia. De todos os cafés que tomamos desde que saímos do Brasil, o da Guatemala foi o melhor.
 
 
10/06/2012                                                                                                                                                                            
Júlio nos apanhou no hotel de manhã e nos levou em seu carro até Mixco Viejo, uma das últimas cidades erguidas por indígenas, cujas edificações se parecem com as outras que foram construídas pelos maias. 
No percurso nos atrasamos devido a uma maratona que estava acontecendo nas aldeias pelas quais passamos para chegar ao local. Antes de chegarmos, passamos por outra aldeia que celebrava o dia de Corpus Cristi. As ruas estavam enfeitadas com os famosos tapetes de flores indicando por onde a procissão passaria.
Chegamos a Mixco Viejo, que se encontra numa grande área arborizada, quase ao meio-dia. Uma cidade organizada, edificada com pedras superpostas, que data do século XII e XIII. No sítio estão várias pirâmides e um campo de bola bem preservado. Caminhamos pelo sítio, batemos fotos e retornamos para a cidade a fim de almoçar. 
Depois do almoço fomos para Antigua, 1530m de altitude (declarada Patrimônio da Humanidade), rodeada de colinas e dos vulcões Agua, Acatenango e Fuego, com altura em torno de 4.000m. Depois de sofrer diversas destruições devido a terremotos e à erupção do vulcão Fuego, a cidade começou a ser restaurada a partir do século XIX, e hoje é um local encantador para se visitar. A partir da Praça Central foram construídos os edifícios mais representativos: a Catedral, da qual só restou a fachada depois do terremoto de 1773, o Palácio dos Capitães, construído em 1549 e reconstruído em 1735, o Arco da Quinta Avenida, o qual abarca a vista do vulcão Agua, e o Ayuntamiento, onde está o Museu de Santiago.
Entramos no mercado de artesanato, caminhamos pelas ruas calçadas de pedras rústicas, observamos a animação do povo e dos turistas circulando na cidade. Tomamos um café delicioso com bolo de cenoura numa cafeteria perto da praça. Voltamos para o hotel à noite.
Agradecemos imensamente ao nosso mais recente amigo o dia prazeroso que nos proporcionou.

sábado, 9 de junho de 2012

09/06/2012
Pegamos um táxi de manhã para ir ao centro histórico da cidade e ao mercado municipal. Diziam que Guatemala tem muitos problemas com criminalidade, drogas, gangues, então, perguntamos ao taxista se era seguro caminhar por lá, e ele respondeu que sim com muita segurança. Só quando chegamos percebemos o quanto era seguro. Havia mais de 100 policiais armados tomando conta da praça e do calçadão enquanto o povo se divertia, passeando, fazendo compras. Uma presença policial agressiva, que realmente inibe os marginais e protege os cidadãos, pelo menos foi a sensação que tivemos.
A capital é um centro urbano moderno, de 3 milhões de habitantes, e o centro histórico comporta uma praça, ao redor da qual está a Catedral, o Palácio Nacional e o Centro Cultural Migue Angel Asturias.

No mercado municipal, imenso, ficamos mais tempo do que pretendíamos. Há muita coisa pra ver e comprar.  Caminhamos pelo calçadão cheio de lojas, restaurantes, vendedores ambulantes e pessoas, sempre esbarrando em policiais. É comum encontrar indígenas caminhando na praça e nas ruas, vendendo artesanato ou frutas, com seus trajes típicos.
No final da tarde sentamos na praça despreocupados, sem hora para voltar pra casa, sem compromisso com ninguém, apreciando o movimento.
 
08/06/2012
A cidade fronteira nesta parte de El Salvador é Las Chinamas. Depois de pesquisar o mapa no Google, partimos para o próximo país da América Central: Guatemala. Em 15 minutos estávamos na fronteira, passando na migração, encarando uma fila enorme. Levamos 45 minutos para ser atendidos na saída de El Salvador, mas demoramos duas horas para entrar na Guatemala pela cidade de Valle Nuevo. Como sempre, a parte mais demorada é a do carro. Durante a espera, conhecemos Julio Alcazar, um guatemalteco que começou a conversar.  Na estrada houve uma parada devido à manutenção que estavam fazendo, e acabamos nos encontrando novamente com Julio, que se ofereceu para nos ajudar e, no decorrer da conversa, até nos convidou para dar um passeio com a família, no domingo.

Oitenta quilômetros depois da fronteira havia uma barreira de policiais. Passamos.  Por volta de 1h da tarde começou a chover. Procuramos o endereço do hostal Casa del Angel, onde eu, Eliana e Juliana nos hospedamos ano passado, na cidade de Guatemala, quando Juliana foi buscar a Krasivy (husky siberiana), presente de Maria Elisa para ela e uma amiga. Janete, dona da pousada, ficou surpresa quando me reconheceu.
Telefonei para Maria Elisa, mas não pudemos conversar o suficiente porque ela estava no meio de uma reunião de trabalho. À noite Julio telefonou, e combinamos ir à Antigua (antiga capital), no domingo. A antiga cidade foi arrasada por terremotos e a erupção do vulcão Fuego.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

07/06/2012

Em Santa Ana visitamos o centro histórico, no qual se encontra a praça com os edifícios mais interessantes da cidade: a Catedral, o Palácio Municipal e o Teatro Nacional.
Seguimos para Chalchuapa, município que abriga sítios arqueológicos maias. Alguns estão sendo estudados e restaurados, como o Casa Blanca, que é parte de uma grande comunidade indígena. Visitamos o sítio arqueológico de Tazumal. Esse sítio possui construções da civilização maia, das quais se destaca um grande templo medindo 24m de altura. O museu, no mesmo sítio, expõe valiosas peças de cerâmica dos anos 300dC e 600dC em perfeito estado de conservação.
Subimos o cerro Laguna Verde, 1600m de altitude, onde se encontra o lago vulcânico de água verde, perto da cidade de Apaneca. Na região do lago vive uma comunidade indígena, que chamam de pueblito.  Na volta, encontramos um restaurante em estilo rústico, de madeira, com um jardim agradável.  Paramos ali para almoçar.
Apaneca, cujo significado é “vento em forma de corrente”, é uma cidade pacata, com ruas pavimentadas de pedra, e as menos utilizadas estão com mato entre as pedras, comprovando que quase não há movimento de carros. No centrinho há uma praça e uma igreja defronte, e as casas têm as paredes pintadas com paisagens, flores ...
Apesar da chuva, continuamos até Ahuachapán, cidade a 15km da fronteira com a Guatemala. Demos uma volta de carro pela cidade procurando hotel, e nos hospedamos no melhor hotel da cidade (boas acomodações), pois não havia muita escolha.
Saímos a pé para conhecer a cidadezinha. Mais tarde fomos a uma pizzaria. É um lugar pequeno, e às 9h da noite já não se encontra mais nada aberto.

quarta-feira, 6 de junho de 2012


06/06/2012
Nosso primeiro passo em San Salvador foi procurar um caixa eletrônico para sacar dinheiro. Depois voltamos ao hotel para pesquisar, no Google, o mapa de El Salvador (o que temos está bom para jogar fora).
A capital foi fundada em 1525 por Gonzalo de Alvarado. Seu centro histórico expõe edifícios coloniais, destacando-se a Catedral, o Palácio Nacional, o Teatro Nacional, entre outros, misturados a construções modernas. Existem várias universidades e muitas praças na cidade. O parque Cuscatlan é espaçoso e arborizado, palco de exposições e concertos musicais, além de ser um local de entretenimento para os moradores. Nele está a Sala Nacional de Exposições (não pudemos visitar porque estava em reforma).
Almoçamos no Mercado de Artesanias com suas tendas entulhadas de objetos de artesanato de todos os tipos: madeira, tecido, metal, corda, palha, vidro, etc. Impossível não levar nada.
À tarde nos dirigimos a La Libertad, ao sul, para conhecer as praias do Pacífico.   Como a maioria das praias do Pacífico, as quais visitamos nos outros países, as areias são negras. Percebemos também que a maioria das praias são privadas: os proprietários são donos de restaurantes, hotéis, ou de casas de condomínios fechados.
À tardinha subimos para Santa Ana por uma estrada cheia de curvas, molhada e com neblina. Acomodamo-nos no hotel antes do anoitecer.
05/06/2012

Copán Ruinas ficou para trás. Dirigimo-nos para El Salvador às 8h20 da manhã, dando uma volta maior, até a cidade de La Entrada, porque a estrada que liga Copán à fronteira estava péssima. Mal saímos da cidade, fomos abordados por policiais que pediram os documentos. Depois de rodar 80km, mais policiais mandaram parar o carro.  Andamos mais 11km, na cidade de Santa Rosa, e policiais pararam o carro e nos liberaram em seguida. Até San Salvador passamos por seis barreiras policiais. A última, em Santa Clara, um policial mandou parar o carro enquanto duas moças pediam uma ajuda em dinheiro para a festa de Santa Clara. Demos 20 lempiras (U$1,00).
Na saída de Honduras, o trâmite foi rápido; mas para entrar em El Salvador demoramos mais de duas horas fazendo documentação, assistindo à revista no carro e nas bagagens, tirando xerox de documentos e respondendo a um monte de perguntas de um agente da aduana.

Passamos a fronteira com um mapa que pedimos na migração, o qual não orientava nada.  Os nomes das cidades estavam com letras tão miúdas que não conseguíamos ver nem com lupa.  Chegamos a San Salvador pedindo informação às pessoas que encontrávamos no caminho.
Às 5h chegamos à capital e, de cara, entramos na rua do mercado, parecido com o de Tegucigalpa, ou seja, barracas com várias mercadorias, carrinhos de frutas e legumes, transeuntes misturados com carros e caminhões no que sobrava de espaço para andar. Levamos uma hora para encontrar um hotel. Jantamos no hotel mesmo, pois estávamos muito cansados para sair, principalmente porque nos disseram que não é seguro circular à noite, na cidade.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

04/06/2012

O cardápio do café da manhã oferecia café (negro o con leche), arroz com feijão, feijão frito, galinha frita, carne ensopada, ovos mexidos (huevos revueltos), panquecas e tudo o que a gente não está acostumado a comer de manhã. Tadeu, já farto de tanta comida estranha, disse ao garçom: “Eu só quero ovos revoltados com pão”. Eu tive um ataque de riso enquanto o garçom ficava olhando pra gente sem entender nada.
O sítio arqueológico fica a 1km do hotel, então, deixamos o carro na garagem e pegamos um tuk-tuk (uma moto adaptada para levar três pessoas). O sítio está situado no valle de Copán, tem uma área de 24km2 e foi declarado Sítio de Patrimônio Mundial pela UNESCO, em 1980. Copán é uma cidade maia do período entre 250 e 900d.C, muito desenvolvida nas artes, na arquitetura e astronomia.  

 As primeiras notícias das ruínas de Copán datam de 1576, quando Diego Garcia de Palacios envia uma carta ao Rei Felipe II : En el camino (de Guatemala) a la ciudad de San Pedro, en el primer pueblo dentro de la provincia de Honduras, llamado Copán, hay ciertas ruinas y vestígios de una gran población, y de soberbios edificios, de tal habilidade y esplendor, que parece que nunca pudieron haber sido construídos por los nativos..”
Ficamos durante três horas percorrendo os fantásticos edifícios maias pelos caminhos do parque, embaixo de árvores, tendo várias espécies de aves sobrevoando e cantando ao nosso redor. É um parque mágico, que guarda a história de um admirável povo que deixou marcas de sua civilização para a posteridade.

domingo, 3 de junho de 2012


03/06/2012
Deixamos La Ceiba às 8h da manhã e descemos para  Copán Ruínas, passando pela rodovia entre montanhas e cinco barreiras de soldados armados do Exército. Tivemos vontade de bater fotos, mas isso poderia complicar o nosso lado.  Nos postos de combustível também há guardas armados tomando conta do posto (isso é normal na América Central).

Ao meio-dia fomos parados por policiais. Assim que nos abordaram, já fomos pedindo informações, de mapa na mão, sobre o local aonde queríamos chegar. Perguntaram de onde vínhamos, deram as informações solicitadas e nos liberaram sem pedir documentos. Muito simpáticos, os muchachos (coisa rara por aqui).

Continuamos rodando por mais duas horas e chegamos à cidade.  Procuramos hotel e nos acomodamos. Copán Ruínas fica nas imediações de um sítio arqueológico da civilização maya, e por isso é visitada por milhares de turistas e estudantes durante todo o ano.   
 Às 4h da tarde começou a chover. Esperamos a chuva passar e saímos para jantar e dar uma volta na cidade, cujas ruas principais são pavimentadas com pedras brutas. Há lojas de artesanato de peças de cerâmica e madeira, e joias de prata e jade. São caras, mas são muito bonitas.
02/06/2012

Combinamos com o taxista para nos buscar à 1h da tarde. Até lá, ficamos desfrutando da praia e das águas mornas tão apreciadas pelos turistas. O mais difícil foi arrancar o Tadeu da ilha. Por ele, ficaríamos lá a semana toda, relaxados, esquecidos do mundo.
Às 2h da tarde, de volta para La Ceiba, zarpamos novamente no mesmo catamarã que nos levou até a ilha. A embarcação tem capacidade para 450 pessoas e não transporta veículos.

Chegamos ao nosso hotel, em La Ceiba, por vota das 4h da tarde.  Decidimos ficar aqui e sair amanhã cedo em direção a Copán Ruínas,  perto da fronteira da Guatemala.
Passeamos até a praia, à noite, e vimos que na cidade há muitos restaurantes, bares e danceterias. Jantamos num restaurante perto do hotel. Começou a chover.

 1o/06/2012
Contratamos o mesmo táxi que nos trouxe até a praia para nos levar a outros lugares interessantes da ilha.  Às 8h saímos da cabana e fomos até um mirante, situado numa baía formada por rochas vulcânicas, negras, com iguanas sobre elas tomando sol.

Roatán fica localizada na segunda barreira de corais maior do mundo (a maior fica na Austrália). Tendo em vista que não praticamos mergulho submarino para apreciar os corais, compramos tíquetes para ver os corais e peixes de um “semisubmarino”, através das janelas de vidro que dão vista para o fundo do mar. Tivemos sorte de ter uma bióloga junto conosco, que estava fazendo estudos e que ia dando explicações em espanhol.
Depois visitamos o Parque de las Mariposas, em um jardim particular com alguns bichos em cativeiro, papagaios, araras e tucanos soltos. Lá descobrimos que algumas borboletas vivem apenas 5 dias, outras espécies vivem de 1 a 2 meses, e a borboleta “monarca”, venenosa, vive 8 meses. Não conseguimos bater foto, pois elas se confundem com a vegetação.

Por último assistimos ao show dos golfinhos; esses mamíferos lindos e inteligentes que encantam os espectadores. No retorno, ficamos de molho na água deliciosa durante horas, em nossa praia particular (provisoriamente, mas tudo bem, melhor do que nada, né?).

31/05/2012
Deixamos nosso carro no hotel, em La Ceiba, tomamos um táxi e fomos a Cabotage, porto de onde sai o catamarã El Galaxy Waves para a ilha de Roatán (leva uma hora e meia para chegar). Pode-se ir também de avião e semanalmente chegam cruzeiros internacionais. Ao chegarmos à ilha, um táxi nos levou até West Bay, uma praia paradisíaca, com areia branca e águas cristalinas azul-turquesa.  A ilha de Roatán faz parte do arquipélago Islas de la Bahía e está situada numa das regiões mais lindas do Caribe. Por isso atrai turistas do mundo inteiro.

Planejamos ficar um dia na ilha, mas depois que chegamos, vimos que não dava para ficar só um dia. Permanecemos três dias e duas noites na ilha. Ficamos numa cabana confortável de frente para o mar. Da janela do quarto víamos a praia branca e as tranquilas águas azuis.
No primeiro dia, à noite, jantamos lagosta (estava em promoção) num restaurante na beira da praia, ao som de uma banda tocando música caribenha. Os mais divertidos dançavam na praia, outros, como nós, assistiam ao show enquanto jantavam. Quase no final do show ouvimos surpresos a música “Garota de Ipanema”, cantada em português e inglês. Fechou!

 30/05/2012
Saímos do hotel Casa Bella, na zona hoteleira da cidade, perto do centro histórico, às 8h20. Tomamos a direção norte para as praias do Caribe.  Na saída pegamos a rua do mercado da cidade: um quilômetro de tranqueira de quitandas, bazares e barracas improvisadas que ocupam as calçadas e avançam na rua; e o que sobra de espaço é para carros e pedestres andarem como der.

As rodovias que levam ao norte do país são ótimas e duplicadas. Os trechos ruins (poucos) estão sendo ampliados. Aqui em Honduras dizem que en Tegucigalpa se hace política, en San Pedro Sula se hace dinero y en La Ceiba se baila y se diverte. Então, partimos para La Ceiba, na costa do Caribe. Primeiramente passamos em Tela, uma praia de areia branca, coqueiros e cabanas com teto de palha. É uma praia muito bonita, mas estava abandonada, pois a temporada de verão já passou.
Hospedamo-nos em La Ceiba, uma cidade organizada, com muitos atrativos turísticos, considerada a terceira mais importante do país. A maioria dos restaurantes na beira da praia estão fechados também porque acabou a temporada.

À noite demos uma volta pela cidade e entramos no shopping. Jantamos, e quando voltamos para o hotel estava chovendo. Do quarto ouvíamos som de música e batucada nos barezinhos próximos.