18/06/2012
Acordamos
cedo. Fomos os primeiros a entrar no restaurante para tomar café. Ficamos
esperando nossos amigos Luiz e Ivone, com quem combinamos ir ao Mercado de Artesania no centro de Havana.
Procuramos charutos para comprar, mas são caríssimos.
Depois
eles nos levaram a sua casa e nos convidaram para almoçar com a família.
Comemos um feijão delicioso preparado pela mãe de Ivone. Desde que saímos do
Brasil, ainda não havíamos encontrado uma comida assim saborosa. E o café
cubano, depois do almoço, incomparável!
Para
fechar nossa estada em Cuba, eles nos levaram até o aeroporto e nos
despedimos. Esperamos que nossos queridos
e mais recentes amigos possam ir ao Brasil para retribuirmos tanta amabilidade.
Aterrissamos
no Panamá às 17h30, e uma hora depois estávamos voando de novo para Guatemala. Júlio
estava nos esperando para nos levar ao hotel, com um sorriso simpático e
acolhedor.
17/06/2012
Nosso
último dia em Varadero. Esse paraíso capital que não sabíamos que
existia em Cuba. Os hotéis são do Governo cubano agora, mas pertenceram a empresários
antes da Revolução de 1959.
Os turistas,
os mais abastados e privilegiados que trabalham para o Governo se hospedam
nesses hotéis. Há cubanos que conseguem pelo menos entrar nos hotéis agora. Ficamos no hotel até as 4h da tarde. Pagamos
um ônibus para nos levar a Havana Leste
onde estávamos hospedados nos dois primeiros dias. Ainda aproveitamos a praia desse
hotel no final da tarde. Porém não se compara com a de Varadero.
16/06/2012
Inconformada
com o descaso da minha reclamação, falei para a Relações Públicas o que
aconteceu. Imediatamente nos trocaram para um quarto melhor, de frente para a
piscina, e com TV. Funcionou!
A câmara
fotográfica emperrou. Logo em Varadero. Batemos fotos com a filmadora, mas a
qualidade não é a mesma. De manhã percorremos Varadero num Bus Tour. É
outro mundo: hotéis elegantes, campo de golf,
restaurantes, marinas com lanchas e veleiros ancorados, muitos estrangeiros.
Do
restaurante onde fazíamos as refeições, tínhamos uma vista esplêndida para o
mar. Curtimos o restante do dia na praia de areias brancas, coqueiros, muito
sol e água deliciosa.
15/06/2012
Luiz e Ivone
nos pegaram no hotel de Havana Leste às 9h e nos levaram a Varadero (120km de distância), um balneário
com uma cadeia de hotéis para turistas, incluídas todas as refeições e
bebidas, especialmente para turistas. Antes
de 2010 era proibida a entrada de cubanos.
Almoçamos
com nossos amigos e batemos papo até 2h da tarde. Hospedamo-nos no hotel Kawama, nome de uma espécie de tartaruga
que desova nessa praia em determinada época do ano e que está ameaçada de
extinção. O hotel está localizado na península e tem frente e fundos para o mar,
além de piscinas. A água do mar é a mais transparente que já vimos até agora.
Nem na nossa ilha do Campeche vimos água assim.
À noite
constatamos que a TV do nosso quarto não estava funcionando. Fui reclamar na recepção, mas a
moça disse que não podia fazer nada, porque o último furacão danificou os cabos
nessa ala do hotel e não conseguiram mais consertar. Esqueci que estava em Cuba
e “rodei a baiana”. Disse que estávamos pagando o mesmo que os outros hóspedes
pagaram e que, portanto, tínhamos os mesmos direitos. Quis falar com o gerente,
mas disseram que não estava. E não se discute mais.
14/06/2012
Nossa primeira
visita em Havana foi à Praça da Revolução. Há um monumento em memória aos
mártires e dois painéis enormes com o rosto de Che Guevara e Camilo Cienfuegos Gorriarán.
Pegamos
uma moto-táxi e fizemos um passeio de uma hora e meia pela ciudad Vieja. No Parque John Lennon tem uma estátua dele sentado
num banco. Quando chegamos perto para tirar uma foto, um velhinho se aproximou
e tirou os óculos de John Lennon. Só os colocaria de novo se pagássemos a ele
para tirar foto.
Passamos
pelos principais lugares da cidade: Avenida dos Presidentes, Tribuna Anti-imperialista,
Hotel Nacional de Cuba, Paseo
del Prado,
construído em 1772, sob o governo colonial do Marquês de la Torre, capitão-geral da ilha de
Cuba, que era então uma das colônias espanholas
mais florescentes da América. O seu primeiro nome foi Alameda de Extramuros ou de Isabel II, por se encontrar fora das
grandes muralhas
que cercavam a cidade de Havana. Na avenida se encontram oito estátuas com
figuras de leões feitas em bronze, que parecem guardar o passeio”.(Wikipédia)
Entramos
no Bar y Restaurante Floridita, onde Ernest Miller Hemingway
costumava ir, e que ainda guarda o estilo de 1940. Estava lotado de turistas. Almoçamos
num restaurante não menos antigo e charmoso, muito caro, com música caribenha
ao vivo, mas a comida muito abaixo do que esperávamos.
Na Praça
Havana, há uma estátua da indígena de mesmo nome, que, segundo nos contou um
cubano, foi expulsa de suas terras e assassinada pelos espanhóis. Às vezes
tínhamos a impressão de que estávamos dentro de um filme da década de 1950: carros
antigos, alguns “inteiraços”, outros andando
sofrivelmente, falhando, caindo aos pedaços. No centro da cidade há prédios
suntuosos misturados a prédios velhos, sem pintura, roupas penduradas na janela
para secar.
Por
volta das 5h pegamos outra moto-táxi que nos levou até a Marina Hemingway, de onde
surgiu, da experiência de Ernest Hemingway como pescador em Cuba, o livro O
Velho e o Mar (1952), que rendeu ao escritor o Prêmio Pulitzer. É um condomínio residencial luxuoso, com
mansões e seus barcos, veleiros e lanchas ancorados no canal, na frente de casa.
Há guardas, e só batemos fotos onde era permitido.
Voltamos para o centro e lanchamos
no Café de Louvre, que funciona no
andar térreo do Hotel Inglaterra. Antes do anoitecer nos dirigimos à Fortaleza San Carlos de la Cabaña, onde
todas as noites é realizada a cerimônia do Canhonaço , ou seja, um tiro que é
ouvido em toda a cidade. Isso é uma tradição referente à época em que Havana
era cercada de muralhas. Era dado um tiro de canhão às 8h da noite, e as portas
eram fechadas. Ninguém saía ou entrava depois desse horário.
13/06/2012
Já
estávamos de pé às 5h da manhã. Encontramos Júlio na estrada, para deixarmos o
carro na casa dele. Depois ele nos levou até o aeroporto. Na entrada da migração, no aeroporto,
retiraram tudo que o Tadeu tinha na mochila, até o repelente queriam
tirar. Tive que insistir, dizendo que
somos alérgicos, para deixarem passar.
Nosso
voo saiu às 10h de Guatemala com escala no Panamá. Daí partimos às 15h50 para
Havana/Cuba, chegada às 19h. No aeroporto, eu passei, mas o Tadeu foi retido
para revista da bagagem com direito a cachorro farejador e tudo. Fiquei do lado
de fora esperando. Luiz, guatemalteco
casado com Ivone (cubana), amigo de Júlio, estava com um cartaz na mão com o
nome do Tadeu, pois não nos conhecíamos nem por foto. Júlio tentou passar uma foto nossa pela
internet, mas o arquivo era muito pesado para chegar lá.
Quando
coloquei os pés em Cuba nunca pensei que seria roubada. Fui trocar U$500,00 por
CUC (moeda que circula em Cuba em substituição ao dólar, usada pelos turistas),
o que daria, pagando os impostos, 475CUCs; e na correria não conferi. Imagina!
Estou em Cuba, lugar mais “seguro do mundo”. Quando cheguei ao hotel só tinha
445CUCs. Fiquei atônita e indignada.
Na saída
do aeroporto, no carro de Luiz, fomos detidos pela polícia. Queriam saber quem nós
éramos e por que estávamos com Luiz. Falamos que somos brasileiros e que Luiz é
um amigo que está morando em Cuba. Depois de conferirem os documentos dele, passamos.
Paramos na casa de Luiz para conhecer
sua família e depois ele nos levou ao hotel.
12/06/2012
Acordamos
muito cedo para irmos ao lago Atitlán
(eu já havia conhecido no ano passado), cercado de montanhas e dos vulcões San Pedro, Tolimán e Atitlán. Da rodovia avistamos os vulcões Água, Pacaya e Fuego.
O vulcão
Água arrasou a cidade Vieja (próxima de Gautemala) quando
entrou em erupção, inundando e soterrando a cidade. Na cratera do vulcão tem um
lago. Vieja foi a segunda capital do
país, Antigua foi a terceira.
O Fuego entrou em atividade no dia 10 de
junho (domingo) soltando lavas e cinzas a 2km de altura. As cidades próximas
estão em alerta, incluindo Antigua.
Passamos
por Iximché, primeira capital da
Guatemala. Paramos no café Rincón Suizo
para comer. É um restaurante de madeira rústica, bonito, parecido com as
construções da Colônia Suíça de San
Carlos de Bariloche, Argentina.
Avistamos
Patzicia, que também foi destruída em
1976 por um terremoto. Julio participou da operação de resgate. Mais adiante
está a cidade de Sumpango, cujo povo (indígena) solta
barreletes (pandorgas enormes,
redondas) no dia de finados para enviar mensagens aos deuses.
Almoçamos
na beira do lago e encontramos cinco
brasileiros que estavam voltando do Alaska
de moto. Conversando, descobrimos que um deles é amigo do Luiz (irmão do Tadeu).