domingo, 29 de julho de 2012

28/07/2012

Tomamos o nosso café da manhã e fomos visitar o campus da University of Alaska Fairbanks, que, além de oferecer uma abundância de cursos, tem laboratórios e faz pesquisas sobre os mais variados assuntos de interesse da humanidade.
Depois seguimos mais 90km para o norte, conforme orientação dos nossos anfitriões, até chegarmos a Chena Hot Springs Resort, um lugar maravilhoso para se visitar: restaurantes, camping, piscina natural de águas termais, estufa de plantas que abastece o restaurante do resort, passeio a cavalo, sled dog tours (somente quando está frio) e o interessante Aurora Ice Museum Gallery, cuja temperatura é mantida abaixo de zero para preservar as esculturas de gelo que ficam lá dentro. 

Entramos no museu. Há um bar, todo feito de bloco de gelo, onde servem drink em taças esculpidas em blocos de gelo. Em resumo, a gente entra em um magnífico frigorífico que abriga as esculturas lindas, bancos, iglus, lustres, quartos com camas, tudo esculpido em blocos de gelo. O máximo de tempo que se pode ficar lá dentro é 40 minutos, com roupa apropriada que a gente veste na entrada.  A gente sai congelado, mas é lindo estar lá dentro.
Para manter o museu gelado, principalmente no verão, é utilizada energia geotérmica para produzir eletricidade.  


 27/07/2012
Às 6h o sol já estava alto. Deixamos o camping às 7h45 e continuamos para Fairbanks. Passamos pela fronteira do Canadá para os Estados Unidos às 9h, tranquilamente, com um agente aduaneiro muito simpático.

Em alguns trechos da rodovia há obras de manutenção, porque o inverno intenso danifica a pavimentação. Nesses momentos há batedores para guiar os carros até o final do trecho em obras.
A 200km de Fairbanks encontramos um alce atropelado por um carro, na beira da rodovia. Duas horas e meia depois, estávamos em Fairbanks.  Hospedamo-nos no hostal Downtown Log Cabin. Fomos recebidos por um casal de mais ou menos 70 anos, muito simpático, que nos deu um mapa da cidade com os pontos turísticos além de sugestões sobre o que visitar.  Os velhinhos aposentados sempre arranjam alguma coisa para fazer.

De Fairbanks até o Círculo Polar Ártico são apenas 600km de distância. Tivemos vontade de ir até lá, mas precisaríamos de pelo menos um parceiro de carro conosco, pois a estrada não é boa. Além disso, é um local deserto por onde passa somente caminhões e ônibus esporadicamente.
Fomos ao Visitor Centre, cujo pessoal, muito gentil, informa e orienta os turistas, além de oferecer folhetos, revistas e mapas grátis. No local tem um pequeno museu e salas com vídeo mostrando o selvagem Alasca no inverno e suas principais atrações turísticas.

Fairbanks começou sua fundação no início do século XX, e devido à sua importância na II Guerra Mundial, a produção de ouro na região, a construção da Trans-Alaska Oil Pipeline e a expansão da University of Alaska, muitas pessoas procuraram oportunidade de trabalho nesse território distante. Atualmente tem 32.000 habitantes na cidade.

sábado, 28 de julho de 2012


26/07/2012
 De manhã, na sala de refeição, encontramos outros hóspedes que vieram falar conosco sobre a viagem.  Um casal canadense sentou na nossa mesa, e três argentinos, também viajando pelo Alasca de moto, vieram falar conosco.

Nossa viagem continua por terra. Na etapa anterior foram quatro dias de ferry por paisagens inesquecíveis, parando em pequenas cidades: Ketchican, Wrangell, Petersburgo, Sitka, Juneau (paramos um dia) e Haines, nossa última parada de ferry.

Entramos no Canadá novamente às 13h, pois é a única estrada que existe para ir até Fairbanks. Encontramos gente de bicicleta e mochila viajando pela Alaska Highway. Percorremos 500km sem encontrar uma cidade, somente três vilarejos. No último almoçamos.

Nos primeiros quilômetros só tem montanhas com gelo e vegetação rasteira, depois começam a aparecer árvores e pinheiros de pequeno porte e lagos. Às 8h30 passamos por um camping e resolvemos acampar, pois não sabíamos o que encontraríamos pela frente, se havia alojamento na próxima cidadezinha ou se estaria tudo fechado até chegarmos lá.

Fomos deitar à meia-noite e ainda era dia. Mais tarde esfriou e tivemos que entrar no saco de dormir.

quinta-feira, 26 de julho de 2012


25/07/2012
Quando acordamos, às 4h da manhã, já tinha amanhecido.  Saímos às 4h45 para pegar o ferry em direção a Haines para de lá continuar a viagem de carro.  Juneau é a capital do Alasca, mas não tem estrada ligando-a com o restante do país. O transporte é por ferry, navio, barco ou avião.

Na fila para entrar no ferry, um casal veio conversar conosco, curiosos e admirados quando dissemos que estávamos dirigindo desde o Brasil.
O percurso foi de 4 horas e meia, e as paisagens continuam lindas, com mais gelo nas montanhas.  Desembarcamos em Haines, nos acomodamos num hotel de frente para o mar, com um navio ancorado bem na nossa frente.

À tarde saímos para explorar o local.  Há muita gente pescando no lago e no rio. Do carro, conseguimos ver rapidamente um urso chegando à beira do rio e uma águia majestosamente pousada em um tronco na beira do lago.
Estávamos cansados e fomos dormir ainda era dia (10h da noite/tarde)
 

24/07/2012
Ás 4h da manhã o ferry parou em Sitka. Já estava amanhecendo.  O dia estava nublado e com chuva.  Quando fomos tomar café havia muitos passageiros de binóculos observando a selva. Nesse trecho é comum ver ursos, águias e outros animais nas praias (de pedregulho). Perdemos essa parte porque estávamos dormindo. Ficamos na proa do ferry observando tudo a nossa volta, mas não vimos nenhum animal, somente uma águia voando longe.

À tarde apareceram novamente as baleias.  Às 3h45 o ferry aportou em Juneau.  Não tínhamos reserva de hotel, mas conseguimos um bem no centro. Encostadors no píer da cidade havia 3 navios.  A cidade estava cheia de turistas. Acomodamo-nos no hotel e ainda conseguimos visitar o  Mendenhal Glacier.

Comemos uma pizza, passeamos pelo centro e observamos que os estabelecimentos estavam fechando. Era dia ainda e não havia mais ninguém na rua.  Aqui anoitece muito tarde, em torno de 11h, e amanhece muito cedo no verão, por volta das 3h30. A noite é de apenas 4 a 5 horas no verão, que vai aumentando conforme o inverno vai chegando.
23/07/2012

Dormimos bem. O ferry é muito grande e a gente nem sente o balanço do mar. Às 10h30 paramos em Wrangell. A maioria dos passageiros (nós também) foi a terra para conhecer os arredores da cidadezinha. Os moradores são simpáticos. Cumprimentam os turistas com um sorriso e “good morning, hi, hello“. As cidades pequenas têm um clima amigável totalmente diferente das grandes cidades.
Tivemos mais uma parada em Petersburgo às 3h da tarde. Às 5h da tarde avistamos uma orca com o filhote. As baleias aparecem repentinamente e a gente não consegue bater foto. Dá vontade de ficar todo o tempo do lado de fora para admirar a paisagem e esperar alguma baleia aparecer, mas é frio. Meia hora depois apareceram várias baleias na proa do ferry. Nesses momentos todo mundo corre para tentar uma foto bacana, mas é difícil porque elas se afastam do ferry e desaparecem rápido.

Às 7h30 o ferry parou em Kake.  Depois de uma hora zarpamos novamente para o norte.


22/07/2012
Prince Rupert é outra cidade de onde se pode ir para o Alasca pegando outro ferry. Decidimos cortar caminho (2.400km) e fomos nos informar a respeito. Na estação pedimos informação a um casal idoso que estava indo para o Alasca. Eles estão morando lá.

Depois, um casal e duas crianças, que estavam pescando perto da estação, vieram falar conosco quando viram a placa do nosso carro.  Ele foi intercambista do Rotary e morou em Belo Horizonte, portanto, fala português muito bem. A esposa também fala português, e as crianças estão aprendendo. Depois de meia hora de conversa, eles já estavam convidando a gente para ficar na casa deles, se não conseguíssemos pegar o ferry.  
Compramos as passagens e embarcamos com o carro no ferry Alaska Marine Highway, zarpando de Prince Rupert às 6h da tarde. Nesse ponto termina o Canadá e começa outra viagem pelo território americano, o Alasca, igualmente bonito, entre as ilhas e o continente oeste. Há pessoas de várias nacionalidades fazendo esse tour: famílias, jovens, coroas, velhinhos, todos se aventurando no selvagem Alasca, a fim de conhecer a natureza rústica, o gelo eterno, o verão de dias longos, os ursos, as águias, os lobos, as raposas, os amados Siberian Huskies da Ju, e fazendo passeios por lugares inusitados.

A viagem por ferry até Juneau, capital do Alasca, dura 3 dias, então, tivemos que pagar uma cabine com banheiro privado para dormir. Os mais aventureiros, principalmente jovens, levam barracas ou sacos de dormir e acampam no ferry, num espaço reservado para isso.
O ferry navega 600km pelos fiordes que se formam entre as ilhas e o continente, e com sorte, pode-se avistar baleias passando por esse espaço. 

domingo, 22 de julho de 2012


21/07/2012
Entramos na estação do ferry às 5h15 e ficamos na fila até as 7h para embarcar com o carro.  Em Port Hardy, o verão é parecido com o nosso inverno em Floripa. 

O ferry começou a se deslocar às 7h30, conforme o previsto. A paisagem é linda. A floresta de pinheiros parece que emerge das águas.  Uma hora depois o comandante avisou que havia baleias no mar.  Conseguimos vê-las nadando longe e se afastando do ferry (5 andares).
Apesar do dia nublado, a paisagem é fantástica. O ferry passa entre as ilhas da costa oeste e o continente canadense. À medida que nos dirigimos para o norte, começam a aparecer montanhas com gelo nos cumes. Uns 100km depois avistamos uma baleia saltando de dentro da água.

O trajeto de 500km leva 15 horas. Chegamos a Prince Rupert às 10h30. Estava escurecendo.
20/07/2012

Port Hardy é uma cidade pequena, principalmente passagem para os viajantes que fazem a travessia de ferry para Prince Rupert e Alasca.  As principais atrações são passeios de barco para ver baleias e leões marinhos e pescaria, além da beleza natural de praias e lagos. Tendo em vista o tamanho da cidade, há bastantes hotéis e campings.
O dia amanheceu chovendo e ficamos limitados aos arredores como passear pela marina, conhecer a estação de ferry, que fica a 9km da cidade,  conhecer o centro, ir ao restaurante, conversar com as pessoas que nos perguntavam curiosas como chegamos até aqui. Amanhã teremos que acordar muito cedo para fazer o check-in na estação do ferry, às 5h30 da manhã.


19/07/2012
Denny gentilmente fez a reserva das passagens para viajarmos de ferry, de Port Hardy até Prince Rupert.  Saímos do hostal às 9h30.  Para passarmos para a ilha de Vancouver, onde fica Port Hardy, pegamos um outro ferry, que é o único meio de transporte para fazer essa travessia. 

A capital do Estado de British Columbia é a charmosa cidade de Victoria, que fica na ilha de Vancouver,  a 110km de Nanaimo (estação do ferry onde paramos). Decidimos ir até Victoria para conhecer essa famosa cidade, que não exibe arranha-céus fantásticos como Vancouver, mas tem um clima todo especial que se reflete nas construções mais antigas, na tranquilidade das pessoas, nos vasos abarrotados de flores pendurados nos postes da rua, na sua beleza natural com parques, praias e montanhas ainda com picos de gelo.

Na volta, num sinal de trânsito, um casal ficou olhando para a placa do nosso carro e perguntou de onde estávamos vindo. Perdemos mais de 4 horas com a visita à cidade de Victoria e chegamos a Port Hardy às 10h15 (22h15), mas ainda era dia.  Quanto mais nos aproximamos do norte, maiores são os dias e menor é a temperatura.
Nesse percurso a rodovia atravessa uma floresta de pinheiros, e avistamos montanhas que ainda permanecem com gelo.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

18/07/2012

Depois do café, Denny nos orientou como chegar ao Stanley Park; um lugar maravilhoso, uma pequena floresta no meio da cidade, habitada por esquilos, guaxinins, patos, gansos, além das gaivotas que sobrevoam as praias de English Bay, Second e Third Beach, que ficam na borda do parque e que sempre tem gente frequentando.

Dentro do parque há restaurantes, bares, quadras de esporte, pista para bicicleta e um aquário incrível, com baleias, golfinhos, focas, etc. Não conseguimos entrar, porque o estacionamento estava lotado.

Encontramos um grupo de brasileiros fazendo um tour pelos Estados Unidos e Canadá. Conversamos um pouco e nos despedimos. Na volta, passamos pela ponte pênsil Lions Gate, muito parecida com a da nossa cidade, com 1.823m de comprimento. Essa ponte é considerada patrimônio histórico do Canadá e ainda está sendo utilizada para o tráfego de carros; caminhões não podem passar na ponte.

terça-feira, 17 de julho de 2012


17/07/2012
No café da manhã Denny serviu panquecas de banana deliciosas e café com leite. Depois nos orientou para pegar o Sky Train, que passa por cima do tráfego das cidades, com saída de dez em dez minutos. 

Pegamos o trem na Sapperton Station, cinco minutos a pé do hostal, e paramos na Waterfront Station, no ponto turístico da cidade. Caminhamos até a Water Street, famosa por seus restaurantes, lojas e galerias. Essa rua era o centro de Vancouver antigamente e o porto principal por onde circulavam as mercadorias. Nela se encontra também o famoso Gastown Steam Clock, um relógio construído em 1970, baseado no modelo de 1875, que apita a cada 15 minutos.

Passamos a tarde no Canada Place. É um edifício fantástico, onde fica o Hotel Pan Pacífico, onde há exposições, espetáculos e o primeiro cinema 3D do mundo. Os cruzeiros para o Alasca partem do terminal desse edifício. Na água, a gente vê os navios que aportam no terminal, assim como barcos e hidroaviões que fazem passeios turísticos.

 Na volta, pegamos o trem na mesma estação, mas não sabíamos que tínhamos que trocar de linha no meio do caminho.  Paramos na próxima estação e tomamos o rumo certo pra casa.
16/07/2012

Astoria ficou pra trás.  O dia continuou nublado.  Saímos da Califórnia e entramos no Estado de Washington, prosseguindo para o norte. Na estrada a gente vê viajantes de bicicleta, moto, carro e motor home.  É tempo de férias e todo mundo sai de casa. É impressionante a quantidade de motor homes e lanchas nos pátios para vender e alugar. Se os Estados Unidos estão em crise, então gostaríamos de estar nessa.
Às 12h30 passamos por Seatle. É uma linda cidade, centro financeiro, comercial, tecnológico, turístico e cultural do Estado de Washington.

Às 15h30 entramos na fronteira do Canadá. Os agentes são muito tranquilos e gentis. Fizeram algumas perguntas, entre elas se estávamos portando armas, e nos liberaram sem revistar o carro e sem pedir os documentos do carro, só os passaportes.
As montanhas ainda têm gelo nos picos.  No Canadá tudo é muito caro.  Encontramos um hostal bed and breakfast em Westminster (na grande Vancouver), cuja proprietária é um amor de pessoa.  Ajudou-nos com sugestões para visitar Vancouver e deu dicas para chegar ao Alasca e visitar outras cidades interessantes do Canadá.

domingo, 15 de julho de 2012


15/07/2012
Saímos às 8h40 de Port Orford com chuva, seguindo nossa rota para o norte, pela Rd 101. Há lugares muito bonitos nessa rota, mas com chuva não dá para curtir nem para fotografar. Em Florence entramos numa loja de esporte de caça e pesca. Logo que se entra há uma prateleira de armas de caça enfileiradas, além de cabeças de animais empalhados penduradas na parede.

O dia continuou nublado e chovia com frequência. Passamos por cidadezinhas típicas: casas de madeira, celeiros, jardins floridos, vasos repletos de flores pendurados nos postes das ruas. Pena que a chuva não deixou registrar esse trecho da 101 com fotos.
Paramos em Astoria para descansar e ainda estava chovendo.
14/07/2012

Saímos do hotel às 10h40. Abastecemos o carro, tomamos café, fizemos umas comprinhas no Wall Mart e seguimos para o norte pela Rd 101.
Almoçamos em Trees of Mystery e continuamos pelo litoral oeste. A estrada às vezes entra no meio da vegetação, às vezes costeia as praias do Oceano Pacífico. As duas paisagens são lindas.

Paramos em Gold Beach, batemos fotos e continuamos até Port Orford.  Já era 7h40, então, decidimos procurar um hotel para passar a noite.  De repente, do nada, apareceu uma viatura da polícia mandando encostar o carro. Paramos imediatamente. O policial se aproximou e disse que o Tadeu estava dirigindo abaixo da velocidade e poderia causar um acidente. Expliquei que diminuímos a velocidade para procurar hotel. Ele pediu para respeitar o limite de velocidade e nos liberou desejando uma boa estada.
Encontramos um hotel logo em seguida, de onde se via a praia do outro lado da rua.

sábado, 14 de julho de 2012

13/07/2012

Levantamos acampamento ás 10h30. Fizemos lanche num café típico do oeste americano, onde existe uma sequoia gigante, de 1.800 anos de idade, em Richard Grove, Califórnia.  Aí encontramos uma família nicaraguense que veio falar conosco quando viram a nossa caminhonete. Ficaram admirados (todos ficam) quando dissemos que estávamos vindo do Brasil.

Voltamos 17 milhas ao sul, para passar de carro por dentro de uma sequoia gigante. Paramos na estrada, numa loja de artesanato e artigos típicos do local, para pedir informações sobre a tal árvore, e uma americana, que estava perto de nós, se ofereceu para nos guiar até a entrada do parque. Deixou-nos lá e nos despedimos.
O parque tem árvores milenares, imensas.  Passamos de carro por dentro do tronco de uma delas e vimos casinhas construídas dentro do oco de árvores.  Parecia que estávamos vivendo a ficção de “Senhor dos Anéis”, de John Ronald Reuel Tolkien.

Estávamos maravilhados batendo foto, quando uma paulista, Melissa, casada com um canadense, se aproximou de nós e começamos a conversar. Ela nos deu seu telefone, e-mail e algumas dicas de compras e bons restaurantes em Vancouver. Ela está de férias com a família, na Califórnia, então, será difícil nos encontrarmos no Canadá.
Conduzimos pela Avenue of the Giants, uma estrada asfaltada que corta a magnífica floresta de sequoias, e chegamos a Eureka, às 7h15. 
12/07/2012

Hoje de manhã conseguimos falar com o Daniel pelo Skype e vimos a Zoê.  Saímos às 10h40 do hotel cercados pelo nevoeiro característico da região.  Estava muito frio. Parecido com o nosso inverno, só que aqui é verão.
Retornamos pela Golden Gate Bridge, coberta de névoa. É difícil encontrar um horário em que se possa ver a ponte inteira, sem neblina. Passamos pela marina e fomos até o forte, localizado próximo aos pilares da ponte. Havia muitos turistas estrangeiros.

San Francisco “cantada em verso, cantada em prosa” é encantadora.   Além de ser uma das cidades mais ricas do mundo, é um local turístico muito visitado por sua beleza, pela importância de sua história e pelos movimentos de liberação que a tornaram um centro de ativismo no país.
Já era mais de 1 hora da tarde quando nos dirigimos ao norte, pela Rodovia 101.  À medida que nos aproximamos do norte, mais vegetação começa a aparecer. A 150km de San Francisco começa a Ancient Redwoo Forest. É uma floresta de sequoias cuja casca tem coloração avermelhada.  Trata-se da espécie de árvore mais alta do mundo, podendo medir 120 metros de altura, ou seja, o equivalente a um prédio de 30 andares, com uma circunferência de dezenas de metros. Destaca-se também pela sua longevidade, podendo viver por milênios.

Paramos no Redwoods River, um parque de sequoias onde existe um camping.  Acampamos nesse lugar tranquilo, com motor homes, trailers e barracas. E mais uma vez a nossa barraca chamou a atenção de uma americana que veio conversar conosco.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

11/07/2012

Saímos de Los Angeles às 9h. Viajamos pela Rodovia 5N, em direção a San Francisco. O deserto se estende por quilômetros. Há bastante tráfego. Passados 100 km há plantações de frutas e cereais em pleno deserto, onde utilizam sistema de irrigação.   Há também rebanhos imensos de bois confinados. Na Rodovia 5 há caminhões transportando frutas.
Entramos em San Francisco às 16h30.  Procuramos vários hotéis, mas estavam lotados. Chegamos justamente na semana em que está acontecendo uma convenção na cidade. Tivemos que nos afastar 6km para conseguir um hotel. Passamos pela magnífica ponte Golden Gate, projetada pelo alemão Joseph Strauss, construída em janeiro de 1933 e concluída em 1937.  A ponte estava coberta de nevoeiro, mas havia pessoas na passarela de pedestre atravessando-a. Mesmo com frio e neblina.


10/07/2012
Em Los Angeles procuramos uma lavanderia para lavar nossa roupa. Durante toda a viagem deixávamos a roupa no hotel para lavar ou íamos até uma lavanderia, deixávamos a roupa e íamos pegar algumas horas depois.  Aqui não há ninguém para atender o cliente.  Tudo funciona à base de moeda e a gente tem que fazer tudo. Perdemos 2 horas nessa função.  A vantagem é que aqui pagamos U$2,50 para lavar toda a roupa, e nos outros países pagávamos em torno de U$30,00.

Depois, saímos para percorrer a cidade e acabamos entrando na Rugby Avenue e na Zoe Avenue para chegar a Hollywood, distrito de Los Angeles, famosa mundialmente por se destacar no ramo cinematográfico. Entrei num shopping e esbanjei minhas economias comprando roupinhas para a minha “estrela” preferida.

Los Angeles é uma cidade fascinante. Pena que não podemos ficar tempo suficiente para conhecê-la.


09/07/2012
Saímos de Las Vegas às 10h30, e seguimos em direção a Los Angeles. Durante horas andamos pelo deserto cortado por rodovias, as quais têm estação de serviço para atender os viajantes: postos de gasolina, lanchonetes, banheiros bons, em suma, outro mundo. As rodovias são de mão única com 4 ou 6 pistas mais acostamento dos 2 lados. Os policiais não param os carros, ficam só observando, e só interferem quando há alguma infração.

A 42km de Los Angeles, entramos numa zona menos árida e mais habitada.  Entramos em Los Angeles por volta das 5h da tarde. A cada dia uma surpresa. Ficamos num hotel simples, porém mais caro do que o hotel luxuoso em que ficamos em Las Vegas.
À noite saímos de carro para passear na cidade e quando estacionamos, encontramos um brasileiro, paulista, que está trabalhando aqui.  Los Angeles é uma metrópole com mais de 3 milhões de habitantes, um centro mundial de negócios, entretenimento e cultura.


08/07/2012                                                                                                                                                                            
Levantamos cedo, desarmamos nossa barraca e fomos tomar café. Deixamos o carro no estacionamento e tomamos o ônibus grátis que faz o circuito no parque, indo nos pontos mais interessantes e com as vistas mais impressionantes.

Ao meio-dia voltamos para a Rodovia 40 e depois pegamos a histórica Route 66, dos legendários Hells Angels. A Rota 66 surgiu em 1926, tem 2.488 milhas (3.755km) e atravessa 8 Estados americanos.  Rodamos um trecho da Rota 66 que passa pelo Estado do Arizona. Almoçamos num restaurante bem típico, point dos motoqueiros.
Paralelamente à rodovia passa uma estrada de ferro. Nesse curto trajeto da Rota 66 passaram cinco locomotivas puxando centenas de vagões de carga. Por isso não encontramos caminhões na estrada.

Às 18h20 entramos no Estado de Nevada.  Chegamos a Las Vegas, às 18h50.  Escolhemos pela internet o Hotel Rivera, que tinha o preço mais acessível, e colocamos o endereço no GPS. Quando entramos no hotel pensamos que estávamos no endereço errado. É um hotel cassino enorme, com megapiscina, mesas de jogos, máquinas de jogo e tudo o que se pode imaginar dentro de um cassino.  Ficamos na Torre Sul, e nos perdemos dentro do hotel. Passamos trabalho para nos achar lá dentro. O Tadeu teve até vontade de usar o GPS do carro, porque o dele estava falhando. Imagina!
A principal atividade em Las Vegas é a vida noturna, os cassinos, shows, restaurantes, enfim, é a capital do jogo e das luzes que à noite iluminam a cidade de uma maneira muito peculiar.

segunda-feira, 9 de julho de 2012


07/07/2012
Saímos do Hostal Maricopa (ótimo), em Phoenix, às 8h50. Seguimos em direção a La Vegas pela Rodovia 17, que passa pelo Grand Canyon, no Arizona. Através da janela se vê centenas de motor homes estacionados em pátios.  Subimos o deserto. A vegetação é rasteira, seca, se destacando alguns arbustos verdes e cactos.  A 2.000m de altitude a paisagem começa a mudar, e os pinheiros predominam apesar de o solo ser arenoso e seco. A estrada é ótima e não se encontra caminhão nem ônibus na pista, somente carros, motos e motor homes.

Passamos por Flagstaff, uma cidade espaçosa, bonita, que é ponto de partida para o Grand Canyon. Entramos na Rodovia 180 e seguimos para o Grand Canyon. Por volta do meio dia chegamos à estação do parque.  Paga-se U$25,00 para entrar, com direito a visitar o parque durante 7 dias. O parque é imenso, e uma semana é pouco para conhecer tudo. O Grand Canyon é uma das maravilhas naturais mais lindas do Planeta. É considerado Patrimônio da Humanidade em reconhecimento ao seu significado geológico, ecológico e cultural.
 À tarde decidimos acampar no parque do Grand Canyon. O dia estava maravilhoso, convidando para um acampamento, ainda mais num lugar tão espetacular como esse. Quando armamos a nossa barraca, um americano veio conversar com a gente.

Ficamos a 2.300m de altitude. Durante o dia a temperatura é muito alta, mas à noite faz frio. Tivemos que puxar cobertor de madrugada.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

06/07/2012

Às 5h50 da manhã já estávamos na estrada.  Conversamos com dois mexicanos ontem e chegamos á conclusão de que seria melhor passar a fronteira por Nogales, Estado de Sonora, pois é uma cidade menor e mais tranquila.  Se fossemos por Tijuana, teríamos que rodar mais um dia beirando a fronteira até chegar aos Estados Unidos. 
Paramos em Hermosilho às 7h30 e tocamos direto.  A 200km de Nogales, havia uma inspeção militar parando todos os carros.  A 10km de Nogales mais uma patrulha de policiais federais embaixo do viaduto.

Devido à falta de sinalização, passamos a Migração  do México e tivemos que voltar 10km para  pegar o visto de saída e a devolução dos U$400,00 que havíamos deixado de depósito na entrada do México. Entramos na fila de carros para os Estados Unidos, Arizona, às 12h e saímos às 12h30. Fizeram uma inspeção rápida no carro, conferiram os documentos e passamos.
Paramos para comer e colocar diesel no carro. Tadeu pediu ajuda para um mexicano que estava perto, e já entabulou uma conversa que acabou em mais um amigo na nossa lista. Ele disse que nos guiaria até Tucson e nos levaria ao restaurante de seu irmão para comermos uma verdadeira comida mexicana. Nós já havíamos almoçado, mas aceitamos o gentil convite.

Mais adiante um policial se irritou com o Tadeu por não ter visto o sinal de parar. Bateu na lataria do carro para chamar a atenção, pediu os documentos e nos mandou parar mais a frente e falar com outro policial. Por sorte esse outro policial falava português, era casado com uma brasileira de São Paulo, e nos liberou rapidamente.
Fidencio Gutierez Burgon, nosso novo amigo, nos levou ao restaurante do irmão, nos apresentou à família e ainda pagou o nosso almoço. Depois nos guiou até um trecho da rodovia em direção a Phoenix, e nos despedimos.  O GPS novo começou a funcionar nos USA, mas ainda não largamos o mapa. Vai que ...  As rodovias são imensas, com 6 pistas e várias saídas.

quinta-feira, 5 de julho de 2012


05/07/2012
Acordamos com um dia maravilhoso. Resolvemos ficar mais um dia em Guaymas, dormir mais uma noite em nossa barraca, curtir a praia e tudo o que o hotel oferece.  Precisamos descansar um pouco da estrada e dar um tempo pra tanta patrulha e operações militares contra o narcotráfico. Amanhã seguiremos para a fronteira.  

De manhã falamos com o Daniel e com a minha mãe pelo Skype. Pena que não conseguimos ver a Zoê, porque a conexão estava horrível. No México, além de ser ruim o sistema de comunicação, é muito caro fazer uma ligação para o Brasil: 3 dólares por minuto. Compramos um cartão telefônico por 20 dólares, e eu fiz uma ligação para o Banco, quando o Tadeu foi fazer outra ligação, uma mensagem dizia que não havia saldo suficiente. Um roubo.  Ainda bem que tivemos a eficiência do Maicon, do BB, para nos auxiliar. 
04/07/2012
Deixamos o hotel em Mazatlan às 8h30.  Antes de seguirmos viagem, passamos numa oficina para efetuar a troca do óleo e dos filtros da caminhonete (60.000km rodados). Às 10h estava tudo pronto. Continuamos para o norte.  Depois de 50km, a paisagem começa a mudar: terra seca, vegetação escassa. Entramos na região árida do México. Na entrada de Culiacan estavam várias viaturas com policiais fardados de preto e encapuzados, mandando os motoristas pararem, entre eles, nós. Um dos encapuzados perguntou de onde éramos.  Tadeu respondeu em português: “Somos brasileiros”.  O policial disse para tomarmos cuidado na estrada e nos desejou boa viagem. Mais adiante, várias caminhonetes com soldados e fuzis fixados na carroceria, apontados para cima. 
Nas imediações de Guasave, uma operação militar com trailers, caminhões, trincheiras, etc. fazendo inspeção nos carros. Paramos para a revista, e aproveitei para “sacar una foto” sorrateiramente.
Passamos por Los Mochis .  Apesar de o norte ser uma região árida, há plantações, assim como montanhas e vegetação variada entremeada de cactos.  A linha férrea passa paralelamente  à rodovia em alguns trechos.
Por volta das 6h paramos em Guaymas, um balneário bonito onde muitos turistas passam as férias. Os dois primeiro hotéis em que entramos estavam lotados.  Começou a temporada de verão.  Finalmente encontramos o Hotel Plaza de Cortés, de frente para o mar, que também oferecia camping com infraestrutura de banheiros, restaurante, bar, piscina, Wi Fi.  Montamos pela primeira vez a nossa barraca. 

terça-feira, 3 de julho de 2012

03/07/2012

7h50 – Saída de Manzanillo pela MR200, pista boa, acostamento, mão dupla.  Seguimos para o noroeste. Depois de 55km, a estrada já não é tão boa e começa a subir com curvas sinuosas, sem acostamento.  Quando descemos para a costa marinha, havia muitos caranguejos atravessando a pista e, inevitavelmente, alguns foram atropelados. Passamos por Puerto Vallarta, uma cidade balneária muito bonita, onde foi rodado o filme “La Noche de la Iguana”, com Ava Gardner e Richard Burton.  
À tarde começou a chover. A estrada sinuosa sobe entre montanhas, e a vegetação exuberante avança no asfalto.  Paramos em Tepic para abastecer e continuamos em direção a Mazatlan. Faltando 270km para essa cidade, tomamos a rodovia com pedágio, onde se anda mais rápido, para não pegarmos a noite na estrada.  Nesse trecho pagamos 500,00 pesos (U$50,00) de pedágio e encontramos duas patrulhas da polícia federal fazendo revista nos carros. Passamos.
Chegamos por volta de 7h em Mazatlan e nos dirigimos diretamente para a zona hoteleira. Jantamos e fomos descansar.

 02/07/2012
Saímos do hotel às 7h30 e já havia caminhonetes de soldados nas ruas de Acapulco. Na saída da cidade, patrulhas de policiais.  Passamos no posto de gasolina para abastecer, mas o cara exigiu “tarjeta eleitoral” como identificação para passar o cartão de crédito. Dissemos que éramos brasileiros e que o nosso documento de identificação é o passaporte, mas o energúmeno não aceitou. Temos visto coisa nesta viagem!

 A carretera (estrada) do litoral do Pacífico tem praias lindas, mar azul e, em alguns trechos, caranguejos atravessando o asfalto. Playa Azul e Caleta são lindas e têm ondas grandes para a prática do surfe.

 A 100km  de Manzanillo encontramos uma patrulha do Exército e vários caminhões passando por nós carregados de soldados, e 25km depois um grupo de soldados entrincheirados, com barricadas nos dois lados da estrada.  Mandara a gente parar. Perguntei se poderia “sacar una foto”, e eles disseram que não.

 Continuamos até Manzanillo. Por volta das 6h da tarde, começamos a procurar hotel para passar a noite. 

domingo, 1 de julho de 2012

1o/07/2012
Decidimos ficar mais um dia na cidade maravilhosa de Acapulco.  Hoje aconteceram as eleições para a Presidência do México, mas não é feriado; comércio, restaurantes, tudo funciona normalmente. Fomos até o centro conhecer a catedral e a praça, e encontramos uma fila de eleitores esperando sua vez para votar.
Visitamos o forte de San Diego, construído em 1776 para proteger a próspera cidade dos frequentes ataques dos piratas. Hoje o forte abriga o Museo Histórico de Acapulco, com 13 salas de visitação, as quais contam a história dos habitantes do Estado de Guerrero, a história da cidade de Acapulco e da construção do forte. Acapulco foi um dos pontos comerciais mais importantes no século XVIII, de onde partiam as riquezas do México para serem vendidas ou trocadas na Ásia e na Europa.
Por último visitamos o Parque Papagayo onde, além dos jardins, lanchonetes, pedalinhos para andar no lago, bicicletas, trenzinho, etc., há um pequeno jardim zoológico com macacos, leões, onça, pôneis, pequenos mamíferos e pássaros. Na entrada do parque há vários orifícios no chão que jorram água, onde o pessoal fica de roupa e tudo para se refrescar.
Voltamos ao hotel para descansar um pouco, e depois saímos para jantar.