16/11/2013
Eu
e Tadeu levantamos cedo. Tadeu saiu para agilizar a ida da balsa que vai pegar
os carros, mas não conseguiu. O horário
de saída é às 8h.
Tomamos
café e ficamos esperando o pessoal. Quando eles chegaram, o hotel já estava
encerrando o horário do café.
Saímos
ontem da Guiana Francesa com a intenção de adiantar a viagem, mas no final partimos
do Oiapoque às 11h45, ou seja, se tivéssemos chegado hoje, sairíamos no mesmo
horário.
Entramos
na BR asfaltada nos primeiros
quilômetros, seguida de 100km de estrada de barro. Paramos às 13 h para almoçar
numa pequena vila. A temperatura é de 35°C.
Às
15 horas entramos novamente na estrada asfaltada. Depois de 200km a paisagem
começa a mudar. Predominam as palmeiras que se sobressaem da vegetação
rasteira e de arbustos. À tardinha araras azuis sobrevoavam a região à procura
de abrigo para dormir. Mais uma vez assistimos ao pôr-do-sol na estrada.
Chegamos
a Macapá já passava de 20h.
15/11/2013
Tomamos café às 7h30, arrumamos as bagagens
no carro e saímos do hotel em direção a Montsinery a fim de visitar o zoológico.
Chegamos meia hora antes da abertura da
visitação (9h). O zoológico fica numa área verde, grande. Os animais ferozes
(puma, onça, pantera negra) ficam em espaços amplos (cerca de 2000m²), com
vegetação nativa, e são isolados do público por meio de fossos, grades de ferro
e cerca de arame. Os outros são isolados por cercas. Há uma passarela pênsil acima
do chão, alta, na qual se chega perto das copas das árvores. Daí se observa
melhor os pássaros e macacos que vivem soltos nesse espaço do zoo.
Depois seguimos para o centro de Caiena. Às 14h
partimos em direção ao Amapá pela N2, estrada de asfalto que passa por dentro
da floresta. Raramente se encontra uma
casa, perdida na mata intrínseca. Sobre o asfalto, uma cobra amassada,
provavelmente pelos pneus de um veículo pesado.
Chegamos a Saint George,
fronteira com Brasil, às 17h30. Depois de obter o visto de saída do país, nos
dirigimos para a ponte para atravessar a fronteira, mas do lado do Brasil a aduana ainda não está funcionando. Fomos até a beira do rio Oiapoque a fim de atravessar para o Brasil.
Um barqueiro chegou
dizendo que a balsa não levava passageiros, só o carro e o motorista, e nos
convenceu de que os passageiros (Edite, Classir, Osni, Letícia e Rose) deveriam
ir com ele para o outro lado e pedir que enviassem a balsa para apanhar os
carros e os motoristas. Quando chegamos lá, não conseguimos contatar o dono da
balsa. Então, percebemos que o sem-vergonha só queria arrancar dinheiro. Ficamos nós no Oiapoque (Amapá), e o Tadeu,
Fernando e Chico em Saint George, do outro lado, com os carros. Depois ficamos
sabendo que a balsa não trabalha aos feriados. Tive vontade de avançar no barqueiro
e disse-lhe os desaforos que merecia ouvir.
Eu fique no hotel
Floresta, situado na rua que beira o rio (o pessoal da recepção é simpático e
atencioso), os outros retornaram com outro barco para Saint George e acabaram acampando no lado do cemitério. Depois de
mais ou menos uma hora, Tadeu veio ao meu encontro com o barqueiro que estava voltando para Oiapoque.
14/11/2013
Levantamos
cedo, noite ainda, para tomar café. Vimos o sol nascer, e às 6h30 saímos do
hotel para chegar à aduana e estação da balsa.
Às 7h15 apresentamos a documentação e às 8h partimos. Vinte minutos de travessia pelo rio Maroni e
do outro lado já é Guiana Francesa. Ao passarmos com os carros, os policiais
solicitaram carteira internacional de habilitação, mas não levamos porque nunca
pediram essa carteira nos outros países. Ainda bem que os agentes policiais foram
compreensivos e nos deixaram passar.
No
percurso está Sinnamary. É uma cidadezinha bonita, limpa e organizada.
Continuamos pela estrada asfaltada que corta a floresta tropical, exuberante,
povoada por pássaros, mamíferos, répteis, insetos ...
Paramos em Kourou para almoçar e
depois fomos visitar o Centro Espacial, base das experiências espaciais europeias. O
foguete Ariane 5, lançado de Kourou, colocou em órbita dois satélites de
telecomunicações da Agência Espacial Europeia. O cargueiro espacial
europeu Edoardo Amaldi foi lançado com sucesso em direção à Estação Espacial
Internacional (ISS, na sigla em inglês), levando a bordo comida, água, oxigênio
e combustível. (www.publico.pt)
Depois da visita, seguimos para Matoury, a poucos quilômetros de Caiena,
e nos hospedamos no hotel La Marmotte, indicado pelo nosso amigo Richard.
À noite fomos ao centro de Caiena para
jantar. Como não tínhamos nenhuma
indicação de restaurante, nem vimos nada que agradasse, nos dirigimos para o
shopping da cidade, o qual ainda está em final de construção. Acabamos voltando e jantamos
no restaurante do hotel.
13/11/2013
Todos
no refeitório agitados e esperançosos de partirmos de Suriname hoje. Não conseguimos contato com Richard, porém já
sabemos que a obtenção do visto deve sair ao meio-dia.
Os
homens saíram para trocar dinheiro e checar as caminhonetes, as mulheres
ficaram para arrumar as bagagens.
Richard
e a esposa (Queize) nos apanharam no hotel às 11h30. Uma hora depois estávamos
com os passaportes na mão. Eles nos levaram até a saída da cidade, e nos
despedimos com a promessa de que eles irão nos visitar em março de 2014. A
temperatura é de 35°C.
Fomos
em direção a Albina (Suriname),
fronteira com Saint Laurent du Maroni
(Guiana Francesa) para atravessar o rio Maroni de balsa. A estrada é boa, e somente uns 5km
não tem asfalto ainda. Após rodar 85km, pedimos informação a uma
afrodescendente bonita, alegre e
simpática (percebemos que tinha todos os dentes de ouro) para saber se
estávamos no rumo certo.
Chegamos
a Albina às 15h30 e ficamos sabendo que a balsa já tinha partido às 9h. Mais um
dia de atraso. Alguns afrodescendentes vieram ao nosso encontro. Todos falavam ao mesmo tempo em francês,
holandês, inglês, querendo nos convencer a ficar no hotel que estavam indicando.
De
repente aparecem dois amigos de Richard
para nos ajudar. Eles nos levaram ao melhor hotel da cidade, que não se
comparava em nada com o que deixamos em Paramaribo.
Não
há nada para se fazer nessa cidade de fronteira. Compramos nossa janta num restaurante japonês
e depois fomos jogar cartas e dominó para passar o tempo.